quarta-feira, 28 de outubro de 2009

TER OU NÃO TER, EIS A MINHA QUESTÃO

Ter ou não ter. Essa, durante muito tempo, foi a questão. A minha questão. Ter ou não ter um blog. E talvez não o tivesse, não fosse a Teresinha Goulart Nunes. Ela mesma, a esposa do advogado João Deoseno dos Santos Nunes. Ela "decidiu" que eu deveria ter um blog. Afinal (segundo ela) um espaço para eu escrever. Já tive um jornal, já fui colunista de vários jornais. Já tive vários programas de rádio. Tudo, no passado. Pretérito Perfeito!!! Mas acontece que eu "continuo". Ainda "sou" uma porção de coisas: escritora, radialista, advogada, professora de português(isso, para citar só quatro exemplos). No entanto, "ser" sem "ter" fica muito pouco provável. Em outras palavras: ser radialista sem microfone (???) E escritora sem livro (???) E advogada sem escritório (???) Então, volto ao começo: ter ou não ter. Essa, durante muito tempo, foi a questão. A minha questão. Ter ou não ter um blog. E talvez não o tivesse, não fosse a Teresinha insistir no fato: "tem que ter, sim! Um espaço para escrever! Tem que ter, sim! Por que não?" E aí, no dia 28 de outubro de 2009 (hoje, agora, em menos de uma hora) demos à luz o blog a que intitulei BANDEIRA 2. BANDEIRA 2? É, BANDEIRA 2, mesmo. Gosto do nome, gosto de taxistas (sempre confessei que sou fã de taxistas) .E, ademais, se o blog é meu, eu posso lhe dar o nome que me parece mais sonoro. BANDEIRA 2. Está criado. Tenho meu espaço, meu "jornal virtual" e ele se abre para todos os leitores que quiserem me seguir. E me servirá, sobretudo, como a memória de um tempo. Em tempo: a memória do tempo é só o que nos fica, do tempo. Nada mais. E o que são fotos e registros e pedacinhos de papel guardados, senão uma tentativa desesperada de aprisionar coisas e pessoas? ... Um diaa (quem sabe?) vou transformar tudo isso edição impressa (se é que imprensa haverá)de crônicas e farei o lançamento (com sessão de autógrafos, inclujsive) numa Feira do Livro, em Porto Alegre. Por que não? Tudo pode ser, desde que estejamos dispostos a assumir o risco do ser (e do não ser). Há risco nas duas faces da moeda. Aliás, sempre sustentei que "viver é um ato de coragem". O que não significa que eu não tenha muitos medos. Tenho, sim! Medos, covardias, a cabeça tantas vezes enfiada na terra (como avestruz). Tenho, sim! Mas também já não tenho mais idade para inventar que sou, constantemente, forte!!! Já tive essa fase, em que "era preciso estar acima do bem e do mal". Que bom que já passou. Que bom que já passei dos cinquenta (agora sem trema, pois que - gostando ou não - devo me adaptar à nova ortografia, pelo menos até que surja uma insurreição popular, que não surje). Enfim:que bom que já não preciso
"parecer isso ou aquilo". Que bom que tenho um blog! Que bom que tenho uma amiga assim, como a Teresinha, que vai "me atropelando", "me tocando", "me fazendo acreditar que ainda posso". Aliás, que bom que BANDEIRA 2 está só começando.

Um comentário:

  1. ...Ser é algo criterioso; o não ser é a negativa de tudo o que somos. Aliás, somos bem mais do que querem que sejamos; somos pessoas comuns, despojadas de vaidades, mas acima de tudo, cobertas de satisfação por podermos reconhecer as qualidades dos amigos. Você é ótima, continue escrevendo, o livro ao natural virá, ... aguardaremos.
    Beijos.

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